MATÉRIA PARA OS ALUNOS DO 3º ANOS - JET
Olá Pessoal,
Estou postando aqui o texto que utilizei na aula de hoje de JET, sobre o Dia da Consciência Negra e a entrevista da Presidente Dilma. Leiam novamente para podermos finalizar a discussão na proxima aula.
Bom estudo para vcs!
Neide
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Consci%C3%AAncia_Negra
CONSCIÊNCIA NEGRA
Consciência e com ciência...
Consciência negra não é coisa só para negros, mas sim para todos, negros, brancos e de todas as cores, pois antes de tudo somos iguais. Iguais, semelhantes, esta é a consciência que todos devemos ter.
A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Com isso, professores devem inserir em seus programas aulas sobre os seguintes temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
Com a implementação dessa lei, o governo brasileiro espera contribuir para o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
A escolha dessa data não foi por acaso: em 20 de novembro de 1695, Zumbi - líder do Quilombo dos Palmares- foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou com o início da destruição do quilombo Palmares.
Então, comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva em nossa memória essa figura histórica. Não somente a imagem do líder, como também sua importância na luta pela libertação dos escravos, concretizada em 1888.
Porém, hoje as estatísticas sobre os brasileiros ainda espelham desigualdades entre a população de brancos e a de pretos e pardos. Por isso, é importante conhecermos algumas informações sobre o assunto.
Nos links abaixo você vai encontrar algumas informações sobre o assunto, sendo algumas selecionadas da Síntese de Indicadores Sociais 2003, produzida pelo IBGE. Além dessas estatísticas, você também vai aprender um pouco sobre a importância de Zumbi dos Palmares e sobre os quilombos.
Fonte IBGE Teen
ZUMBI DOS PALMARES
Zumbi foi o grande líder do quilombo Palmares, considerado herói da resistência anti-escravagista. Estudos indicam que nasceu em 1655 no quilombo, sendo descendente de guerreiros angolanos.
Com poucos dias de vida, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso, sendo entregue depois a um padre, conhecido como Antônio Melo que o batizou com o nome de Francisco.
Aos 15 anos, ele foge da casa do padre e retorna a Palmares, onde muda o nome para Zumbi. Ficaria conhecido em 1673, quando a expedição de Jácome Bezerra foi desbaratada. Um ano antes de sua morte, caiu em um desfiladeiro após ser baleado num combate contra as tropas de Domingo Jorge Velho, que seria mais tarde acusado de matá-lo. Dado como morto, Zumbi reaparece em 1695, ano de sua morte.
Aos 40 anos, ele morre após lutar contra milícias organizadas por donos de terras durante dezessete anos. Durante mais uma incursão comandada por Domingos, Zumbi foi abatido no seu esconderijo descoberto depois da traição de um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que revelou onde o líder se encontrava.
http://www.sitecurupira.com.br/negros/consciencia.htm
Dilma afirma que 'pobreza no Brasil tem face negra e feminina'
Por O Globo, com agências
Agência O Globo – 19/11/11 – 21h59min
SALVADOR - A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado que "a pobreza no Brasil tem face negra e feminina". Daí a necessidade de reforçar as políticas públicas de inclusão e as ações de saúde da mulher, destacou, ao encerrar, em Salvador, o Encontro Ibero-Americano de Alto Nível, em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes. Em discurso, ela explicou por que as políticas de transferência de renda têm foco nas mulheres, e não nos homens: elas "são incapazes de receber os rendimentos e gastar no bar da esquina". Dilma destacou que, nos últimos anos, inverteu-se uma situação que perdurava no país, quando negros, índios e pobres corriam atrás do Estado em busca de assistência. Agora, o Estado é que vai em busca dessas populações, declarou.
Dilma também definiu a "invisibilidade da pobreza e a miséria" como a herança mais marcante da escravidão. Segundo ela, atrelada a essa herança, veio a visão das "elites" de que o país poderia crescer "sem distribuir renda e incluir". Nesse sentido, lembrou os programas inclusivos iniciados com a gestão do ex-presidente Lula e seu lema de que "pais rico é país sem pobreza".
Segundo Dilma, os afrodescendentes são os que mais sofrem com o desemprego, a violência e a extrema pobreza. Por essa razão, disse que "reverter esse quadro é o objetivo da Carta de Salvador" e defendeu as políticas públicas de promoção e igualdade social. Ao explicar a necessidade de ações de combate à pobreza, a presidenta citou o Programa Brasil sem Miséria, cujo objetivo é retirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema. No discurso, ela destacou ainda a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em 2003, e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, no ano passado, além da obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira nas escolas. Dilma apontou também o fato de a data do evento coincidir com a da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, com o Dia Nacional da Consciência Negra, a ser comemorado amanhã (20), e com os 123 anos do fim institucional da escravidão no país. Nestes 123 anos, disse a presidenta, "sofremos as conseqüências dramáticas da escravidão" e foi preciso combater uma delas, a sistemática desvalorização do trabalho escravo, que resultou na desvalorização de qualquer tipo de trabalho no país.
Ela destacou ainda que as políticas dos países latino-americanos de estabelecer seus próprios mercados tem ajudado a América Latina a enfrentar a crise econômica internacional e permitir, assim, o desenvolvimento de políticas públicas sociais.
Por outro lado, manifestou-se preocupada com os rumos da crise. Para ela "o risco de instabilidade pode agravar as desigualdades sociais em todo o mundo". Ela lamentou que a recessão tenha sido imposta como receita para a crise na Europa.
- Sabemos que esse processo não dá certo, provoca desemprego, perda de ganhos sociais e não resolve o problema - disse, receitando "expansão do consumo e inclusão social" para o enfrentamento do problema.
A presidente lembrou ainda que recorrer ao FMI não é um bom negócio, assinalando que o Brasil só conseguiu melhorar a economia após pagar sua dívida com o Fundo. Focando na proposta de maior participação do gênero feminino nos governos, Dilma disse que a valorização das mulheres em todos os campos é urgente.
Chefe de estados e representantes de 14 países participaram do evento. Um deles, o presidente do Uruguai, José Mujica, não só apoiou os termos da Carta de Salvador como defendeu a proposta de que todos os homens e mulheres de origem africana recebam educação de qualidade. Mujica concorda que somente a educação é o caminho da igualdade social.
- A negritude não quer esmolas, mas oportunidades e direitos iguais - disse.
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